Portugal
2 Nov 1919 // 4 Jun 1978
Poeta/Crítico/Ensaísta/Ficcionista
Um Epílogo
Quando estes poemas parecerem velhos,
e for risível a esperança deles:
já foi atraiçoado então o mundo novo,
ansiosamente esperado e conseguido
– e são inevitáveis outros poemas novos,
sinal da nova gravidez da Vida
concebendo, alegre e aflita, mais um mundo novo,
só perfeito e belo aos olhos de seus pais.
E a Vida, prostituta ingénua,
terá, por momentos, olhos maternais.
Jorge de Sena, in ‘Coroa da Terra’